CD €13,00
Portes incluídos no preço
1. Hora de ponta
2. Pensamento negativo atrai pensamento negativo
3. Pesadelo
4. Organização caótica
5. Rotina impermanente
6. Intermitente
7. Espécie de fado
8. Meditação I
9. Fundamentalismo idiota
10. Só
Produzido por JACC RECORDS e Desidério Lázaro
Design Gráfico por Sara Inglês
Gravado nos Estúdios Timbuktu por André Fernandes e Nuno Costa (13 de Julho de 2010)
Misturado e gravado por Luís Delgado
Culpem o "Blue Train", texto de Nuno Catarino
Uma revelação do saxofone num trio que junta um consagrado, Mário Franco, e outro jovem valor do jazz português, Luís Candeias. O disco que o apresenta promete deixar marcas. Não fora Coltrane e não haveria Desidério...
É um dos nomes de topo da mais recente geração do jazz nacional e promete muito para o futuro. Por enquanto já demonstrou que é um grande saxofonista, dominando o instrumento como poucos e distribuindo o seu talento em diversas colaborações. Faltava a sua apresentação em nome próprio, que chega finalmente, em formato de trio com Mário Franco (contrabaixo) e Luís Candeias (bateria), através de uma edição da recém-estreada JACC Records. O seu primeiro CD, “Rotina Impermanente”, foi apresentado no Festival jazz.pt em Setembro.
O algarvio Desidério Lázaro está ligado à música desde muito novo, incentivado pelos pais. A ligação ao jazz aconteceu também cedo: «Tinha 14 anos e até então o jazz que conhecia era o das “big bands” de Glenn Miller, Benny Goodman e Count Basie.» O momento de viragem aconteceu quando adquiriu o álbum “Blue Train”, de John Coltrane: «Fiquei fascinado com o sax tenor e com as improvisações, pelo que decidi que tocaria jazz mais cedo ou mais tarde.» Na altura, Lázaro estudava clarinete no Conservatório de Setúbal.
A sua formação musical foi realizada em diversos contextos: estudou música clássica nos conservatórios de Faro e Setúbal e jazz na Escola de Jazz Luís Villas-Boas (Hot Clube de Portugal), concluindo uma licenciatura em jazz no Conservatorium van Amsterdam. Para o saxofonista, a estada na Holanda teve uma relevância extra: «Estudar fora mostra-nos outra realidade. Esse factor, por si só, é determinante para obter novas perspectivas de análise, não só sobre o novo lugar como também acerca do país que deixámos. No meu caso tive a “sorte” de ter estado num país cultural e socialmente muito diferente do nosso.»
Lázaro participou em “workshops” com músicos de elite como David Binney, John Clayton, John Taylor, Peter Bernstein, Carlos Barretto, Greg Tardy, Larry Goldings e Chris Potter, entre outros. Dos músicos que encontrou, destaca particularmente dois: «O meu processo educativo foi bastante marcado pelo meu professor de clarinete, Paulo Gaspar, e, para além de outros bons professores que tive, tanto no Hot como em Amesterdão, Dick Oatts ainda é uma referência.» Um momento especialmente marcante para o músico aconteceu num concerto com a banda filarmónica da Arrentela: «Durante a execução de um arranjo para banda da abertura “Rienzi”, de Wagner, senti-me completamente arrepiado e percebi que queria fazer parte desse mundo de emoções que é a música.»
Tem colaborado com diversos projectos nacionais, como o duo Mário Laginha / Maria João e o Júlio Resende Quarteto, e entende-os, igualmente, como uma forma contínua de formação. A aprendizagem com Laginha, João, Bernardo Moreira e Alexandre Frazão tem sido para Lázaro muito importante, porque, “tratando-se de pessoas com outra idade e outra experiência, autênticas escolas de música e de vida, sinto-me um privilegiado». Agora, é também professor de saxofone na Escola do Hot Clube e na Universidade Lusíada.
No seu MySpace, Desidério Lázaro refere - além da família, do grupo de rock Pink Floyd e de John Coltrane - diversas influências cinematográficas: Stanley Kubrick, David Lynch e a série “Star Wars”. O universo do cinema é crucial para o músico: «Sou um fanático do cinema, mas por opção decidi não o estudar aprofundadamente; prefiro manter o meu nível de conhecimento técnico num patamar baixo, para poder só entregar-me à mensagem da arte. Mas adorava poder compor para filmes, é um sonho meu.»
No novo disco Lázaro conta com os músicos «certos para o projecto». A escolha não foi, no entanto, imediata: «Na altura da decisão não passava de um pressentimento. Depois de vários ensaios e concertos é já uma certeza.» Na sua opinião, o consagrado Mário Franco e o, como ele, jovem valor que é Luís Candeias «são instrumentistas fantásticos».
Mário Franco tem igualmente formação clássica. Tocou já com muitos dos mais importantes músicos de jazz portugueses, como António Pinho Vargas, Bernardo Sassetti, José Peixoto, Carlos Martins, Mário Laginha, Maria João, Tomás Pimentel e João Paulo Esteves da Silva, e com figuras internacionais da dimensão de Andy Sheppard, David Binney, Ralph Towner, Paolo Fresu e Peter Epstein, entre outros. Tal como Desidério Lázaro, Luís Candeias completou o curso de jazz em Amesterdão, entre alguns outros tocando nos grupos europeus Fundbureau, Mr. Eart e Velkro, com jovens músicos de origens diversas como Stephan Meidell, Petros Klampanis, Marcel Kromker, Gonçalo Almeida, Jonas Ganzemuller, Duncan Haynes e Hugo Antunes. O saxofonista descreve a música de “Rotina Impermanente” como uma mistura: «Alguns temas são baseados em conceitos, outros são o resultado de reflexões e estados emocionais, e outros ainda são apenas canções / temas. Creio, de qualquer modo, que se complementam em termos estilísticos e estéticos. Espero que a execução lhes faça justiça.»
12€ (portes incluídos)
"Uma revelação do saxofone num trio que junta um consagrado, e outro jovem valor do jazz português, Luís Candeias. O disco que o apresenta promete deixar marcar. Não fosse Coltrane, não haveria Desidério...".
JR 045 CD
Pipe TreeJR 044 CD
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Sexteto de Bernardo MoreiraJR 042 CD
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Goes Without Saying, But It's Got To Be Said ( Sold Out)JR 039 CD
Perspectrum